segunda-feira, 21 de abril de 2014

O Privilégio de ser Pastor

O Privilégio de ser Pastor


Como pastor existem muitas cobranças a respeito da idoneidade, de apresentar um bom testemunho, por esta razão você não deve dar lugar a intimidades. O lugar do pastor é junto do seu rebanho, portanto deve ser cuidadoso por onde tens andado. 

Ser pastor é previlégio ou não de alguns, porém se você quer mesmo ser um pastor ou tem vocação divina deve tomar alguns cuidados.
Segue aqui alguns relatos do autor do livro o Jovem Pastor, John B. Wilder, que com sua longa experiência de ministério, vem alertar a estes vocacionados acerca de alguns erros que devem ser evitados e dificuldades como enfrentá-las ou prevenir-se.
Ser Ministro é ser pastor ou guia espiritual. O verbo ministrar significa servir, atender ou contribuir. Só a chamada é poderosa para fazer que você resista a tudo nas horas difíceis. Só ela fará que, passado o primeiro entusiasmo, em face das lutas, quando os problemas tiverem convertido em inextricável enleio o seu trabalho pastoral, você ainda permaneça na certeza inicial. Se você foi chamado para o ministério sagrado, saberá tirar partido das dificuldades, e não renunciará, não deixará sua igreja, mas a ela se sentirá ainda mais ligado, na solidariedade dos momentos duros.
Existem alguns fundamentos necessários ao ministério como a fidelidade, crença, convicção, reconhecimento, dedicação.
A fidelidade consciente à Palavra de Deus - é mister que você tenha a Bíblia como sua única regra de fé e prática, acatando sua autoridade, nela pautando tanto o que disser como o que fizer.
A crença inabalável no valor da alma humana - há de dizer-se que a alma é o homem: é o que e quem ele é. É o centro de sua inteligência, de seu caráter e de sua coragem. Quando se trabalha com a alma, lida-se com a eternidade.
A convicção de que fora de Cristo não há salvação - importa lembrar o que diz a Bíblia: “... porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos”(Atos 4:12). Ter ainda convicção de que o diabo existe. É uma realidade. Orça por suicídio espiritual de um pastor o não reconhecimento da existência do tentador. O diabo há de resistir-lhe, o provocará, fá-lo-á de tolo, insuflar-lhe-á desânimo, destruí-lo-á e o desgraçará se ele não se precaver contra a veracidade de sua existência e contra a força do seu poderio para o mal.
A dedicação completa da vida ao Espírito Santo de Deus - impõe-se a verdade de que sem Deus você nada fará com êxito em seu ministério.
Como pastor existem muitas cobranças a respeito da idoneidade, de apresentar um bom testemunho, por esta razão você não deve dar lugar a intimidades. Que todos saibam guardar distância de você e lhe atribuirem respeito. Não deve um pastor ser contador de piadas inconvenientes, nem ser pronunciador de palavrões, pois o mesmo atrofia a alma. Haja cuidado nas ilustrações de seus sermões, para não dar lugar a exageros que pendam pela mentira.
O lugar do pastor é junto do seu rebanho, portanto deve ser cuidadoso por onde tens andado. Nenhuma igreja pode aspirar à maturidade com um pastor ocupado com outras tarefas, fora da igreja, devemos atentar para esta colocação, pois em nossos dias existem pastores desenvolvendo funções, que tem ocupado mais tempo do que seu próprio ministério.
O Pastor deve ser cuidadoso com sua aparência externa tanto quanto como a interna. Fazer a barba regularmente, pois seu rosto pode não ser muito bonito, mas, se estiver de barba feita, tornar-se-á pelo menos agradável. Quanto aos cuidados dos dentes, cuidar para que os mesmos tenham escovações também regulares, evitando o mal hálito e amarelação dos mesmos.
Os cabelos devem sempre estar bem cortado e penteado ou se caso estiver crescido, bom é que faça uso de fixador para os mesmos.
As roupas deverão sempre estar bem passadas e de preferência combinando as cores, o mesmo cuidado deverá ser dado a gravata, que por muitos são desprezadas sempre estando em desacordo com a cor da roupa ou muita das vezes toda amarrotada.
Algumas tarefas são atribuidas aos pastores como o cuidado que deve ter com o povo. Sua tarefa é acudí-las nas necessidades espirituais e encaminhá-las para a salvação pessoal. O pastor deve ser homem preparado em relações humanas. Deve saber guardar segredos e confidências que recolher no exercitar o seu ofício pastoral. As confidências são como segredos profissionais, que se guardam avaramente. Há quem nos faça depositário de seus segredos e, depois, se torna nosso inimigo pelo fato de no-los haver revelado.
“Se alguém cuidar ser religioso e não refreiar a sua língua, sua religião é vã.” (Tiago 1:26). Não revele suas fraquezas, sua esperanças e seus desejos a outrem. Evite quando puder, a popularidade pois a mesma é tirania. Muitos pastores, para serem populares, sacrificam tudo - igreja, família, a si mesmos. Querem estar presentes em festas, congressos, retiros, e deixam tudo para cortejar a popularidade em seu meio.
Tenha um coração de tal maneira sensível que possa compreender a dor alheia, os impulsos de cada um e as tormentas que vão na alma de muitos. Sorria mesmo que isso lhe custe bastante. Use de sinceridade nos negócios. Pontualidade no solver de suas obrigações.
Conserve zelosamente seu crédito. Seja cortês para com os funcionários públicos e dê-lhes ajuda, se for preciso. Dê tempo e atenção aos jovens do seu lugar, tanto nos trabalhos da igreja como nos esportes. Seja amigo do seu povo. Fale a todos a quem encontrar. Faça um aceno amável a todos, mesmo que não seja retribuído. Não esqueça os velhos, trate-os com o mesmo cuidado que os jovens. Ídem para as crianças.
Pode chegar ocasião quando você será compelido a deixar sua igreja por causa da oposição de algum indivíduo ou de algum grupo dela. Isso tem acontecido a muitos pastores. Se isso acontecer, saiba que deve manter a cabeça fria e quente o coração. Isso honrará a Deus e trará benção para o seu coração. Se alguma hora sentir que errou em seu ministério, declare-o sem constrangimento perante a igreja. Isso é como engolir novamente o que se falou.
Sempre cometemos erros quando damos lugar as emoções, agindo impulsivamente trazendo alguns danos para o ministério. É melhor esperar por hora oportuna para falar ou fazer alguma coisa. Quando a tempestade amainar, quando o coração se acalmar, então será momento para fazer ou falar.
O Pastor deve ser bastante cauteloso com as filhas de Eva. Nenhuma outra porção do trabalho do pastor é mais importante do que suas relações com o mundo feminino. Não há maior perigo na vida dum pastor que o que advém do mundo feminino. Por isso sabendo que é assim, ele deve precaver-se, cuidar de seus lábios, sua mente e seus olhos, sem esquecer de cuidar das mãos. Ao lidar com mulheres, em qualquer circunstâncias, deve o pastor usar a cabeça.
Pela nobreza da vocação e pela alteza da causa de Deus que o chama, seja prudente como as serpentes e simples como as pombas, conforme lá está dito na Bíblia. Em nenhuma hipótese deverá falar a uma mulher sozinha num quarto de hotel, no seu carro ou no dela, deve pôr a mesma cautela. Quando efetuar visitas faça-o sempre acompanhado ou que o marido ou o pai da mulher esteja em casa para evitar dar margens a comentários.
O pastor precisa de ter sua esposa, porque, sem ela, ele é semelhante a casa sem telhado, automóvel sem pneus ou garrafa sem tampa.
O Pastor deve ser cuidadoso no que diz respeito ao seu coração, como diz a Bíblia (Jeremias 17:9) “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas e perverso; quem o poderá conhecer?”.
O homem deve vigiar e guardar seu coração. O melhor é pensar que a admoestação é dirigida toda a humanidade.
Vemos um exemplo prático disto com Davi, homem segundo o coração de Deus, que mesmo depois de ter Deus em sua vida, cometeu adultério, e homicídio. Outro também que vemos é Paulo, dizendo que tudo oque ele queria fazer, não o fazia e tudo oque não queria fazer vivia fazendo. Por esta e outras é que o homem deve vigiar.
Devemos ser cuidadosos para não sermos vaidosos, nem orgulhosos, complacentes ou negligentes, ciumentos, intolerantes, procedências estas do coração não preparado. Depois de vinte anos em que Davi ainda sentia dores de seus erros, declarou em Salmos 108 “O meu coração preparado está para render-Te louvores.”
O púlpito é considerado o lugar mais santo dentro de uma igreja, semelhante ao templo antigo, onde existia o santo e o santo dos santos. O púlpito se assemelha ao santo dos santos onde o sacerdote oferece o sacrifício do povo a Deus e recebe de Deus para falar ao povo.
O Pastor deve dispor de tempo para sua esposa e filhos, enfim para si próprio, pois muitas das vezes dedica-se tanto ao ministério e acaba se separando da esposa pois o mesmo não tem tempo para ela, por isso seja vigilante se tem feito isso.
O Pastor deve ser transparente com relação as suas finanças, para evitar os falatórios inúteis, onde seguem dizendo que o pastor está usando dinheiro da igreja para adquirir bens.
Deixe boas recordações de seu ministério, bons exemplos, causando sempre sede e fome de justiça a igreja.
Deixe de ficar afirmando que ovelhas gera ovelhas e o pastor cuida, seja também gerador de ovelhas, pois o ide de Deus é tanto para ovelhas como para pastores. Não queira fazer tudo sozinho, delegue funções específicas a liderança.
Um Pastor de almas precisa ter:
A paciência de Jô
A plenitude do Espírito de Estêvão
A fé de Abraão
A integridade de José
A mansidão de Moisés
A obediência de Samuel
A coragem de Davi
A amizade de Jônatas
A fidelidade de Elias
A simpatia de Isaias
A humildade de Jeremias
A firmeza de Daniel
A sinceridade de Natanael
A consolação de Barnabé
A pureza de Timóteo
O amor de João
O espírito evangelístico de Paulo

BIBLIOGRAFIA
John B. Wilder - O Jovem Pastor - Tradução Judith Brice - 4ª Edição - JUERP.
Fonte: Marcos da Silva 

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